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PRETO AMARAL: O PRIMEIRO ASSASSINO EM SÉRIE BRASILEIRO

  • Foto do escritor: gabinetedocrime
    gabinetedocrime
  • 6 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

Por Isabella Scala


José Augusto do Amaral, mais conhecido como Preto Amaral, é considerado o primeiro serial killer da história brasileira. Nasceu no interior de Minas Gerais em 1871 e foi liberto aos 17 anos em 1888 quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea. Uma vez livre, entrou para o exército.


Passou grande parte da sua vida viajando o país como voluntário da pátria. Aos 56 anos, ele vivia de bicos na cidade de São Paulo. Em 1927, foi acusado de três assassinatos, dos quais ele confessou ter cometido todos. A imprensa da época o apelidou de “Diabo preto”, “Monstro negro” e “O estrangulador de crianças”.


Porém, suas vítimas não eram todas crianças. Antônio Sanches, sua primeira vítima, tinha 27 anos. No depoimento para a polícia, Amaral conta que o encontrou nos arredores da praça Tiradentes e que a vítima pediu fósforos. Depois, foram tomar café em um boteco próximo, e Amaral convidou Antônio para assistir um jogo de futebol. O corpo do homem foi encontrado próximo ao aeroporto Campo de Marte, na zona norte paulista.


Seu modus operandi era seduzir, estrangular e então estuprar os cadáveres das vítimas – todos homens.


José Felippe Carvalho, a segunda vítima, tinha apenas 10 anos quando foi morto, na véspera de Natal de 1926. Amaral conta que atraiu a vítima ao oferecer de presentes alguns balões que vendia na região do Canindé. Quando seu corpo foi encontrado, 13 dias depois, já se encontrava sem os membros superiores.


Quando o terceiro corpo com o mesmo modus operandi foi encontrado, a polícia de São Paulo se deu conta que tinha um assassino em série na cidade.


A última vítima foi Antônio Lemos, de 15 anos. Amaral abordou Antônio nos arredores do Mercado Municipal de São Paulo e ofereceu lhe pagar um almoço. O garoto aceitou, e os dois partiram rumo à Lapa. Antônio nunca mais foi visto.


Amaral só foi capturado pois sua quarta vítima conseguiu fugir. Roque Piccili, um engraxate de 9 anos estava sendo estrangulado pelo assassino quando Amaral ouviu vozes, se assustou e fugiu. Quando retornou ao local, não encontrou sua vítima, que essa hora estava na delegacia prestando queixa contra o assassino.


Os jornais da época continuaram noticiando crimes similares mesmo depois da prisão de Preto Amaral, o que só serviu para aumentar sua fama. A população da época clamava pelo linchamento e execução do assassino. Porém, Amaral morreu de tuberculose cinco meses da sua prisão.


 
 
 

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